ROCHA, Natália Hosana Nunes; BARLETTO, Marisa e BEVILACQUA, Paula Dias. Identidade da agente comunitária de saúde: tecendo racionalidades emergentes. Interface (Botucatu) [online]. ahead of print, pp. 0-0. Epub 03-Dez-2013. ISSN 1414-3283. http://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832013005000031.
Analisamos a identidade da agente comunitária de saúde (ACS) a partir da categoria gênero em diálogo com as categorias espaço público e privado/doméstico e saberes populares e científicos. A profissão de ACS é desvalorizada não por ser ocupada quase totalmente por mulheres, mas por ser um trabalho visto como feminino – condição historicamente marcada pela desigualdade de gênero, associando a mulher aos cuidados domésticos e à subordinação. Essa profissão reflete posições de gênero hegemônicas e a definição de sua identidade se dá no dia a dia, na convivência com a equipe de saúde e comunidade, repleta de conflitos e afetos e nas práticas cotidianas marcadas por hierarquias. Concomitantemente, carrega a possibilidade de um horizonte emancipatório, definido na criação do trabalho comunitário e ordenado para o cumprimento do princípio da integralidade.
Palavras-chave : Patriarcado; Gênero; Relações de produção; Integralidade; Trabalho em saúde.
Acesso: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832013005000031&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt