Atenção à saúde no território como prática democrática: ações em cenas de uso de drogas como analisadores da democracia brasileira

Propomos articular democracia, produção de saúde e cuidado com grupos vulnerabilizados. Utilizamos como analisadores ações estatais em cenas de uso de drogas ilícitas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que coadunam com estratégias de intervenções sobre regiões tornadas negócios e sobre grupos que habitam tais regiões e, por isso, precisam ser removidos, que podem ser consideradas intervenções próprias ao neoliberalismo e seu correlato jurídico, o Estado de Exceção permanente. Entendemos que políticas de governo que pautam suas ações pela abstinência e internação dos usuários classificados como dependentes químicos estão em sinergia com a chamada guerra às drogas. Nosso objetivo é sinalizar que a atenção ao uso de substâncias psicoativas como preconizado pela estratégia da redução de danos tem potencial para capilarizar as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), da Reforma Psiquiátrica Brasileira e, desse modo, do escopo democrático nos territórios de maior vulnerabilidade social.

Acesso em: https://www.scielo.br/j/icse/a/Wn6RxBQDf8My6S4kNdMD5cB/?lang=pt

Palavras-chave: Saúde; Política pública; Democracia; Drogas