“Mata de tristeza!”: representações sociais de pessoas com vitiligo atendidas na Farmácia Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil

SZABO, Iolanda e BRANDAO, Elaine Reis. “Mata de tristeza!”: representações sociais de pessoas com vitiligo atendidas na Farmácia Universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Interface (Botucatu) [online]. 2016, vol.20, n.59, pp.953-965. Epub 16-Jun-2016. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622015.0596.

Vitiligo é caracterizado por manchas brancas na pele. Na dispensação do metoxisaleno utilizado para tratá-lo, na Farmácia Universitária/UFRJ, os portadores relatavam mal-estares devido à terapia e à doença. A busca pela compreensão da experiência do adoecer conduziu este estudo que adota perspectiva teórico-metodológica socioantropológica. A apreensão da visão de mundo dos sujeitos foi captada em entrevistas entre usuários da FU/UFRJ. A partir do diagnóstico, os sujeitos consideram o vitiligo “um castigo”, sentem-se alvo de “chacotas”, “preconceito”, “discriminações”. A experiência da doença impõe rever seus conceitos e filiação religiosa. O fato de o vitiligo não ser concebido como doença grave estabelece um não-lugar para o sofrimento dos portadores. Aspectos simbólicos, emocionais e socioculturais que circunscrevem a doença devem ser considerados para melhorar a atenção à saúde e vida desses sujeitos. Os profissionais de saúde precisam concebê-los para além de suas “manchas”.

Palavras-chave : Vitiligo; Representações sociais; Pesquisa qualitativa; Metoxisaleno; Atenção farmacêutica.

Acesso emhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832016000400953&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt