Produção de cuidado em saúde centrado no trabalho vivo: existência de vida no território da morte
CHAGAS, Magda de Souza e ABRAHAO, Ana Lúcia. . Interface (Botucatu) [online]. 2017, vol.21, n.63, pp.857-867. Epub 05-Jun-2017. ISSN 1414-3283. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622016.0262.
Morte e vida são dimensões presentes no processo de trabalho em saúde, e são atravessadas pela maneira de a sociedade relacionar-se com a doença, o doente e o resultado deste processo. Neste artigo, partimos de uma investigação qualitativa, com uma equipe de cuidados paliativos, com o objetivo de problematizar: por que, no processo de trabalho em saúde, produzimos modos de evitar, camuflar, desconsiderar o que nos acompanha e acompanhará a existência, a morte? Será que a morte não nos traz nada além da dor e o sentimento de vulnerabilidade e finitude? Construímos argumentos que articulam o trabalho vivo em ato com a morte no processo de trabalho em saúde, e concluímos que os profissionais que participaram do estudo empregaram o trabalho vivo em ato a partir de um complexo e denso espaço de viver a vida mesmo diante da morte.
Palavras-chave : Morte; Assistência centrada no paciente; Atitude frente à morte; Cuidado paliativo; Trabalho vivo em ato.