Este estudo teve como objetivo compreender o fenômeno da medicalização e do uso de psicotrópicos em longo prazo com base na percepção dos usuários de uma Unidade de Saúde da Família (USF). Trata-se de um estudo qualitativo, fundamentado no método autobiográfico e na narrativa do sujeito. Utilizou-se um roteiro para conduzir entrevistas semiestruturadas, realizadas com usuários intencionalmente selecionados. A análise temática possibilitou vislumbrar a incorporação da medicamentalização nas concepções de vida e de sofrimento dos usuários no contexto da Saúde da Família (SF), perspectiva que vai ao encontro da medicalização social e tem subsídio no modelo biomédico que subordina o processo de trabalho da Atenção Primária à Saúde (APS).
Palavras-chave : Psicotrópicos; Medicalização; Atenção primária à saúde