Corpos no “limite” e risco à saúde na musculação: etnografia sobre dores agudas e crônicas

SILVA, Alan Camargo e FERREIRA, Jaqueline. Corpos no “limite” e risco à saúde na musculação: etnografia sobre dores agudas e crônicas. Interface (Botucatu) [online]. 2017, vol.21, n.60, pp.141-151. Epub 03-Out-2016. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622015.0522.

O objetivo deste estudo foi discutir como a dor aguda e crônica pode ser concebida pelos alunos e professores de Educação Física na musculação. Esta pesquisa utilizou a etnografia em dois estabelecimentos de bairros cariocas socioeconomicamente distintos: 12 meses em uma academia de pequeno porte em um bairro popular e dez meses em uma academia de grande porte em um bairro nobre do Rio de Janeiro, Brasil. Foi possível apreender que os marcadores de gênero e de classe social influenciaram como determinados alunos compreendiam os “limites” do corpo relativo às dores e seus riscos. A intervenção do professor face a este sintoma e ao risco, embora marcada pelo referencial biomédico, era influenciada pelo contexto em que a academia estava engendrada. Tais dados indicam a importância de investigações etnográficas sobre corpo e saúde-doença em contextos alheios aos serviços de saúde tradicionais.

Palavras-chave : Dor; Risco sanitário; Academias de ginástica; Etnografia; Educação Física e treinamento.

Acesso emhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832017000100141&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt