
Francy Baniwa, Justino Rezende e Carolina Levis, autoras* de um artigo na revista Science, defendem a necessidade de se afastar da visão acadêmica colonialista e incluir verdadeiramente pensadores indígenas no combate à crise climática
Há três anos, a pesquisadora Carolina Levis, professora da Universidade Federal de Santa Catarina e pesquisadora afiliada ao Brazil LAB da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, foi convidada pela revista Science, uma das principais publicações científicas do mundo, para revisar um artigo que trazia alguns resultados e percepções do Painel Científico para a Amazônia, iniciativa regional composta por mais de 300 cientistas. O trabalho se debruçava sobre o que era necessário para manter a Amazônia em pé, com um olhar estrutural, que passava por mudanças legais e políticas. Ao analisá-lo, no entanto, Carolina sentiu falta de uma parte fundamental da discussão: o que cientistas e intelectuais indígenas estavam falando sobre o tema?
“Não haverá futuro para a Amazônia se a gente não reconhecer que as populações que estão lá vivendo continuamente, há pelo menos 12 mil anos, cuidando dos espaços que existem, devem ser incluídas nesse diálogo, totalmente reconhecidas e colocadas em primeiro plano”, argumentou a pesquisadora. A revista, então, abriu um terreno comum para que as ciências ocidentais e originárias pudessem dialogar.
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