Resumo
Arriscar a vida por uma corrida: risco e corridas ilegais de carros e motos.
Interface (Botucatu) [online]. In press. , pp.-. Epub 07-Jun-2018. ISSN 1414-3283. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622017.0548.
O artigo propõe analisar práticas e produção de significados de jovens aficionados por corridas ilegais de carros e de motos (“rachas”) e por manobras radicais. A pesquisa etnográfica busca compreender as condutas de risco entre os “rachadores” e o sentido que eles próprios atribuem ao perigo, à aventura e às sensações corpóreas presentes em suas práticas. Isso obriga a alargar os significados de risco e compreender determinadas práticas como contraponto às biopolíticas ou às formas de controle da vida. Os “rachadores” são jovens de classes populares e respondem à impotência social, que os destitui de capital econômico (e social), mediante um capital tecnológico que lhes permite reconhecimento de seus pares e visibilidade social, mesmo que a contrabando, em razão da ilegalidade dessas práticas, quando o risco-aventura torna-se um constitutivo da construção identitária.
Palavras-chave : Juventude; Condutas de risco; Automóveis e motocicletas; Corridas ilegais.