Resumos
O objetivo é discutir os conflitos nos processos de trabalho e saúde-doença relacionados à estabilidade no emprego dos metalúrgicos com restrições laborais na região de Campinas, São Paulo, Brasil. A metodologia, caracterizada como construção compartilhada de conhecimentos, incluiu a realização de entrevistas, análise documental e observação participante entre 2019 e 2022. Os resultados apontam as ações empresariais para promover a descaracterização do nexo entre trabalho-doença, impedir o acesso à estabilidade e demitir os operários adoecidos. Os trabalhadores vivem esse processo com penosidade, mas, com apoio sindical, desenvolvem formas de resistência visando manter a estabilidade e proteger a saúde. O estudo traz contribuições para as políticas de saúde e proteção social por destacar a dimensão coletiva da determinação da saúde-doença pelo trabalho, além da necessidade de mobilizar diferentes instituições e agentes na produção de conhecimentos e ações para a luta pela saúde.
Palavras-chave
Saúde do trabalhador; Proteção social em saúde; Sindicatos; Condições de trabalho
Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.240535
