Cuidado compartilhado em Saúde Mental: o que dizem os trabalhadores?

Pinheiro LP, Emerich FB. Cuidado compartilhado em Saúde Mental: o que dizem os trabalhadores?.  Interface (Botucatu). 2024; 28:e230324. Doi: https://doi.org/10.1590/interface.230324

Resumos

A conjunção da Reforma Psiquiátrica e da Reforma Sanitária torna o Brasil um cenário único na superação do Paradigma Biomédico hegemônico e na radicalidade da desinstitucionalização no território. Este artigo objetiva analisar a percepção dos trabalhadores da Atenção Básica e da Atenção Especializada sobre o compartilhamento do cuidado em Saúde Mental em um município paulista de médio porte. Constitui-se como uma pesquisa qualitativa, de abordagem hermenêutico-dialética, cujos dados foram produzidos por narrativas de grupos focais narrativo-hermenêuticos realizados em 2022, com 15 trabalhadores. A Educação Permanente, a formação profissional, a integração da rede, a Saúde Mental do trabalhador e o enfrentamento das políticas de desmonte foram considerados fundamentais para o cuidado compartilhado. Mostra-se imperativo que o campo da Saúde Mental seja priorizado e não faltem recursos para que, cada vez mais, as práticas possam se orientar pelo Paradigma Psicossocial.

Palavras-chave
Saúde mental; Assistência à saúde mental; Integração dos serviços de saúde; Ciências da implementação

Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.230324