Resumo
O objetivo deste artigo é analisar os discursos em torno das mobilizações da Fênix, uma associação de usuários de saúde mental de um município do Piauí, para rearticulação dos serviços cujas atividades haviam sido suspensas durante a pandemia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem cartográfica, problematizada pelo viés da análise institucional a partir do acompanhamento de reuniões, visitas e audiências públicas. A análise mostra a desarticulação da Rede de Atenção Psicossocial, com ausência de psiquiatra, descontinuidade na contratação de profissionais; falta de ações de matriciamento, de fluxograma do cuidado e do protejo terapêutico singular; e precarização dos serviços substitutivos. Conclui-se que a mobilização da Fênix possibilitou a contratação de psiquiatra e a volta das atividades coletivas no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II e CAPS Álcool e outras Drogas (AD) 24 horas.
Palavras-chave
Instituição; Saúde mental; Luta antimanicomial; Pandemia; Atenção psicossocial
Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.230602
 
				
 
								 
								