Subjetividade neoliberal e desconstrução do comum frente à crise ambiental climática

Junges JR. Subjetividade neoliberal e desconstrução do comum frente à crise ambiental climática. Interface (Botucatu). 2025; 29: e240126. Doi: https://doi.org/10.1590/interface.240126

Resumos

Artigo discute a subjetividade neoliberal e a consequente desconstrução do comum em seus efeitos sobre a crise ambiental. O sujeito neoliberal é empresário de si mesmo, movido pela concorrência em um mercado de interesses contrapostos. Para conformar essa subjetividade foi necessário descontruir o comum, base do elo social, acusado da tragédia do espontaneísmo coletivo a ser esvaziado. Essa subjetivação desconstrutiva do comum, alimentada pelo consumo sem limites, está na origem da crise ambiental. Para recuperar o comum como solução, exige-se superar a visão da natureza inerte e passiva a ser protegida contra a intervenção humana, quando atravessada por intensa atividade biogeoquímica, criadora das condições para a vida. O ser humano é apenas mais um ator. A recuperação do comum é um fator determinante para construir soluções de resiliência socioambiental para a crise, pois elas são constituídas por atividades coletivas do comum.

Palavras-chave
Neoliberalismo; Subjetividade; Comum; Terra; Crise ambiental

Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.240126