Schraiber LB, Aguiar JM, Graglia CGV, Pereira S, Lima NP, Kalichman BD, Reis MS, Azeredo YN, Colombini M, Oliveira AFPL. Violência sexual contra mulheres por parceiro íntimo e desigualdade de gênero na voz dos profissionais da Atenção Primária à Saúde. Interface (Botucatu). 2023; 27:220656. Doi: https://doi.org/10.1590/interface.220656
Resumos
É difícil reconhecer o sexo forçado vivido nas relações sexuais no âmbito doméstico como violência. Há também uma imprecisão entre a violência, tal como no sexo forçado, e a desigualdade de gênero, como na aceitação do dever marital. Buscou-se compreender o que profissionais da Atenção Primária pensam sobre essas duas experiências, como interpretam relatos das mulheres e o que fazem sobre isso. Entrevistados, os profissionais dizem que sexo forçado ou sexo sem consentimento explícito são ambos violência, e assim devem ser nomeados. Agindo desse modo, eles pensam esclarecer suas pacientes acerca dos direitos das mulheres. No entanto, no dia a dia, nem todos o fazem e ninguém reconheceu ou nomeou a aceitação do dever marital como desigualdade de gênero. Conclui-se que, se a violência está presente como questão, sua distinção quanto à desigualdade de gênero ainda é um desafio.
Palavras chaves
Violência sexual; Saúde; Atenção primária; Desigualdade de gênero; Relacionamento conjugal
Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.220656