Violência obstétrica no Brasil e o ciberativismo de mulheres mães: relato de duas experiências

SENA, Ligia Moreiras e TESSER, Charles Dalcanale. Violência obstétrica no Brasil e o ciberativismo de mulheres mães: relato de duas experiências. Interface (Botucatu) [online]. 2017, vol.21, n.60, pp.209-220. Epub 03-Nov-2016. ISSN 1807-5762. http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622015.0896.

Um quarto das brasileiras que vivem partos normais referem ter sido vítimas de violência e/ou maus-tratos nas maternidades, a chamada violência obstétrica. Nos últimos anos, ações mediadas pela internet, via redes sociais, e impulsionadas pelo movimento social de mulheres, especialmente mulheres mães, tornaram possível uma maior discussão e participação política na agenda de saúde sobre direitos reprodutivos. Este artigo relata duas iniciativas desenvolvidas em ambiente de conectividade, utilizando as novas mídias como ferramenta: o Teste da Violência Obstétrica e o videodocumentário “Violência obstétrica – a voz das brasileiras”. As ações contribuíram para dar voz ativa às mulheres no combate à violência obstétrica; mostraram que as novas tecnologias de informação constituem importantes ferramentas de promoção da saúde da mulher e atestaram o grande potencial da internet para evidenciar violências antes pouco problematizadas, incentivando a realização de novas pesquisas na área.

Palavras-chave : Violência obstétrica; Ciberativismo; Violência no parto; Tocologia; Saúde da mulher.

Acesso emhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832017000100209&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt