Resumo
O objetivo deste artigo foi situar a estratégia dos Agentes Comunitários de Saúde recentemente adotada no Chile como uma intervenção que poderia contribuir para fechar as lacunas na saúde. Para tanto, empregamos como ferramenta analítica a noção de participação da sociedade civil, frequentemente negligenciada nos debates que opõem os sistemas público e privado na análise da saúde. Ao examinar essa iniciativa por meio das lentes da educação popular no Brasil, argumentamos que essa forma de participação não pode ser vista como apenas mais uma intervenção tecnocrática, mas deve ser colocada em um contexto cultural e histórico, no qual a sensibilidade cultural é fundamental. No Chile, a participação cidadã na saúde tem uma longa tradição e, em virtude de uma reapropriação dos discursos públicos na última década, a agência popular pôde ser articulada e institucionalizada.
Palavras-chave
Participação social; Saúde coletiva; Participação em saúde; Agentes comunitários de saúde
Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.230424