Resumo
A pesquisa cartográfica se caracteriza pela imersão da pessoa pesquisadora no território afetivo-existencial a ser pesquisado. Este artigo põe em análise, por meio dessa proposta metodológica, as implicações e sobreimplicações de um pesquisador negro, bissexual e médico de Família e Comunidade em um contexto de trabalho e pesquisa entre uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e uma clínica de atenção primária de um plano privado de saúde localizada no município de Natal, RN. Ele desvela, por meio da “escrevivência” de quatro cenas, a precarização do processo de trabalho, a deterioração de algumas ferramentas clínicas e a forte presença de um racismo estrutural e institucional.
Palavras-chave
Medicina de Família e Comunidade; Saúde suplementar; Racismo
Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.230348