Brandão ER. Gênero, ciência e Saúde Coletiva: desconstruindo paradigmas na formação interdisciplinar universitária. Interface (Botucatu). 2022; 26:e210334. Doi: https://doi.org/10.1590/interface.210334
Resumo
Discute-se experiência docente na Saúde Coletiva com estudantes de pós-graduação das Ciências da Saúde, marcadas pelo paradigma biomédico, com contingente feminino. O encontro com novo modo de produzir ciência – situado, relacional, engajado do ponto de vista ético-político e autorreflexivo – promove uma desconstrução epistemológica e abertura para se posicionar como novo sujeito do conhecimento. Mirar o corpo e a saúde-doença como objeto de estudo pela abordagem interseccional conduzem ao deslocamento subjetivo e heurístico da pesquisadora, com suas marcas sociais de gênero, raça, geracionais, nesta empreitada teórica e empírica de (auto)investigação. Encontrar uma questão de pesquisa inclui também se autoencontrar como profissional de Saúde, em sua posição de gênero, classe e raça/etnia. Advoga-se que os estudos sociais da ciência e estudos feministas decoloniais contribuem para que a universidade pública devolva à sociedade profissionais de Saúde que se reconheçam no público que atendem.
Palavras-chave
Gênero; Ciência; Saúde Coletiva; Formação profissional; Ensino superior
Acesso em: https://doi.org/10.1590/interface.210334