Cultura do estupro e violência ostentação: uma análise a partir da artefactualidade do funk

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Resumo

BRILHANTE, Aline Veras Morais; GIAXA, Renata Rocha Barreto; BRANCO, July Grassiely de Oliveira  e  VIEIRA, Luiza Jane Eyre de Souza.

Cultura do estupro e violência ostentação: uma análise a partir da artefactualidade do funk.

Interface (Botucatu) [online]. 2019, vol.23, e170621.  Epub 21-Jan-2019. ISSN 1414-3283.

http://dx.doi.org/10.1590/interface.170621.

Analisaram-se, à luz do construcionismo social, músicas de funk com ampla repercussão midiática e compartilhamento em serviços de streaming, cujos discursos remetem à violência sexual – Baile de Favela e Malandramente. A apreciação ocorreu por meio da análise dialógica, sendo, após, construído o mapa dialógico. Os resultados mostram a construção da vítima perfeita, que naturaliza a violência sexual por meio da culpabilização da vítima, a erotização da infância na construção de vítimas e agressores, cuja puerilidade é ironizada naturalizando a violência sexual e a exaltação do estupro coletivo, explorando possibilidades de relações sexuais permeadas pela violência de gênero. Os achados descortinaram um panorama preocupante. À parte do importante papel do funk como prática cultural emancipatória, os sentidos da violência sexual nos discursos expuseram a construção de relações conflituosas entre os gêneros como norma social.

Palavras-chave : Estupro; Cultura do estupro; Violência de gênero.

Acesso em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-32832019000100204&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt